domingo, 12 de fevereiro de 2012

A ANTIDROMIA PARADOXAL DOS AVATARES





A ANTIDROMIA PARADOXAL DOS AVATARES
















A palavra sânscrita avatara quer dizer " descido" e designa uma 


entidade de elevada evoluçãoque resolveu descer da sua altura às 


baixadas de regiões inferiores.


            Esta descida voluntária do avatar faz parte do drama da sua


 evolução ascensional.
            Esta contracorrida, ou antidromia, representa um elo na 


longa cadeia da sua auto-realização, como diríamos em termos 


modernos.
            Quando um avatar atinge grande nível de evolução e 


libertação, tem ele o desejo de descer externamente às baixadas a


 fim de realizar a subida a maiores alturas, na escala da sua 


incessante auto-realização.


            Todos os avatares sabem, pela voz da sua consciência, que 


não há evolução sem resistência, sem luta, sem sofrimento. E, como 


nas regiões superiores do espírito não há suficiente resistência e 


sofrimento, resolve o avatar descer a regiões inferiores da matéria 


em busca da necessária resistência.


            Essa antidromia parece ao inexperiente uma espécie de 


masoquismo. Mas para o avatar o sofrimento não é um fim, mas 


sim um meio para um fim mais sublime. O avatar procura 


resistência e sofrimento a fim de prosseguir na linha ascensional da 


sua evolução indefinida.


            Este desejo de ulterior evolução parece egoísmo aos 


ignorantes, mas é o imperativo duma realização superior para o 


avatar, que já superou todos os estágios do egoísmo ilusório e trata 


exclusivamente da sua auto-realização, que é a lei de todo o 


Universo. As leis cósmicas não conhecem estagnação nem 


involução, mas incessante evolução.


            Auto-realização é santidade, é auto-afirmação, é amor 


divino na creatura evolvível.


            Quanto mais liberto se sente o avatar, tanto mais desejo tem


 ele de se escravizar voluntariamente por amor.


            Por amor de quê?
           
 Muitos pensam que o amor do avatar vise os seres inferiores no 


meio dos quais ele encarna. Mas a verdade é que o amor do avatar 


visa sobretudo o próprio avatar e sua evolução superior. Como já 


dissemos, não há nenhum resquício de egoísmo nesse auto-amor, 


que é supremo imperativo cósmico e divino: sede perfeitos, como


 perfeito é vosso Pai.


            Entretanto, apesar de o amor do avatar ser um auto-amor, 


indiretamente é ele também um aloamor, porque redunda em 


benefício dos seres inferiores que lhe causam resistência e 


sofrimento. Segundo leis eternas, toda a plenitude transborda 


infalivelmente. Quanto mais o avatar se autoplenifica, tanto mais a 


sua plenitude transborda em benefício de outros seres.


            “Da sua plenitude todos nós recebemos, graça e mais 


graça”, diz o texto sacro com referência ao maior dos avatares.


            Esses seres superiores que realizam a sua própria plenitude


 são os benfeitores ignotos de outros seres. Não é possível ser 


realmente bom sem fazer bem a outros seres devidamente 


receptivos.


            É esta a maravilhosa simbiose do Universo.




(De “Que vos parece do Cristo?”, de Huberto Rohden).




(.*) Freya


Assim me sinto, impossível estar tão energéticamente ligada a quem canalizo sem receber as bençãos de sua plenitude! Vivas a essa Divina simbiose


fonte: naveluz@yahoogrupos

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