terça-feira, 26 de março de 2013

SANGUE DE DRAGÃO





Sou Daenerys, nascida na Tempestade, filha de Dragões, noiva de Dragões, mãe de Dragões – Daenerys Targaryen1


Às vezes você precisa ser o Dragão, abrir suas asas poderosas e cuspir o fogo criativo para vencer um dos maiores predadores do ser humano: a impotência, i.e. a incapacidade de ação. Deitar abaixo as muralhas do medo que nos impedem de conquistar o nosso território, o nosso destino e os nossos sonhos. Acessar a coragem para mudar completamente as nossas vidas e deixar para trás histórias do passado que não nos trazem paz, mas sim inquietudes2.

If I look back, I am lost. – Daenerys Targaryen1

Na tradição celta os dragões são representantes das forças da natureza viva, do fogo criativo. São os deuses criadores da Terra, e representam a proteção do sagrado feminino, da Terra, da alma, dos tesouros da vida experienciada espiritualmente, da sabedoria ancestral que nos eleva e liberta. São os guardiões da pureza, os que invocam a coragem e a valentia necessária para resgatar o que é realmente importante e valioso em nós2.
O Dragão também representou durante muito tempo o mal no mundo, um lado poderoso e destruidor, sendo encarado como um lado sombra do ser humano, um lado nosso que é importante conhecer, para podermos dominar e transcender2.
No entanto, para os celtas não existia vida sem morte, nem paz sem guerra. A criação e a destruição são processos interdependentes, existe uma ausência de vida na escuridão da terra que recebe os mortos, mas também é a terra escura que abriga e promove o desabrochar das sementes3. Cada ser traz em si estes elementos e pela sua percepção vemos a necessidade do seu equilíbrio. Somente conhecendo a nossa face escura e selvagem, domando-a, poderemos tomar consciência da nossa complexidade, conhecendo assim a nossa verdadeira natureza divina3.

He was no dragon. Fire cannot kill a dragon. I am the blood of the dragon. Daenerys Targaryen1

Às vezes nós precisamos nos lembrar de que nós somos o sangue do dragão. Que o fogo não pode matar um dragão. O fogo é a energia transformadora que no plano material gera paixão, desejo, procriação e vitalidade física. No plano emocional gera sonhos, ambição, criatividade e coragem. No plano mental gera inteligência, poder, carisma e capacidade de liderança. Quando a energia do fogo atinge o plano espiritual, ele se transforma em sabedoria, compreensão e sentimento de integração com o todo. Ser um dragão é invocar o fogo interior, a chama criativa, cauterizadora e curativa. A chama da transmutação e o poder transpessoal da criação.

Pela primeira vez em centenas de anos a noite ganhou vida com a música dos dragões – Guerra dos Tronos1

Os dragões são os guardiões do espírito feminino arcaico, existente em cada mulher e que é expresso em grau maior ou menor como comportamento protetor, institivo, impulsivo, corajoso, combativo, sedutor e fértil. E o espírito da coragem, da independência e da determinação _ a força do carater que elas demonstram através de suas ações num mundo ainda predominantemente patriarcal.
Às vezes você precisa despertar o dragão, ativando o seu poder pessoal e se conectando com a sua determinação, assertividade, resiliência, espirito combativo e destemor, características desses seres mágicos que irão nos auxiliar em nosso crescimento pessoal e espiritual.
Para descobrir o seu dragão interior é necessário criar e projetar uma aura de confiança, segurança, altivez e invunerabilidade, prestando atenção às sutis invasões de seu espaço, às provocações ou a falta de respeito em relação as suas escolhas, ou a expressão de seu magnetismo pessoal, atos que se aceitos passivamente enfraquecem a essência verdadeira do ser.  Mas, perceba também se você não está sendo excessivamente agressiva ou hostil, com uma irmã quando ela se apodera de seu poder pessoal e defende seus ideiais, sonhos e valores, seja qual for o caminho que ela esteja trilhando4.
Invocar o auxílio e a força do dragão requer também a coragem de mudar, pois eles são os senhores do fogo transformador.  Eles nos ensinam que a mudança e a morte fazem parte da nossa vida e que comportamentos, valores, atitudes prejudiciais a nós mesmos, a nossa prole e a Mãe-Terra devem morrer, seguindo o ciclo dinâmico da vida.

FONTE:http://manedwolfdotwordpressdotcom.wordpress.com/2012/04/05/sangue-de-drago/

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